sexta-feira, 23 de abril de 2010

Google contra o dematamento: " O fiscal é você"

Na Conferencia do Clima (COP-15), em Copenhague na Dinamarca, Rebecca Moore, responsável pelo uso social do Google Earth, apresentou uma ferramenta desenvolvida em parceria entre o Google e o Instituto do Homen e Meio Ambiente da Amazônia (IMAZON). A plataforma Earth Engine que funcionará como uma espécie de camada do Google Earth, com imagens de satélite e informações atualizadas do Desmatamento na Amazônia e possivelmente se estenderá para os Biomas brasileiros monitorando todo país. " Será fácil integrar o Earth Engine com outras tecnologias, como as rede sociais. Estamos projetando uma API aberta que permitirá que organizações gerem e compartilhem informações sobre o desmatamento em tempo real, pela internet", afirma Rebecca.

O lançamento da primeira versão do Earth Engine, prevista para este ano, inaugurará uma era da preservaçao ambiental baseada em redes sociais. É o que Tasso Azevedo, acessor do Ministério do Meio Ambiente, chama de Redes de Monitoramento Coletivas (RMC).Uma das idéias é criar um ambiente virtual com os dados do Earth Engine que permita que usuários leigos façam análises de satélites de maneira colaborativa. Hoje, o trabalho é feito por pesquisadores e leva em media 15 dias para ficar pronto. "Em uma rede social, em um dia tudo estaria mapeado", afirma Azevedo. " Se você tem um celular com GPS, basta tirar uma foto, coletar as informações da área e enviar diretamente para rede", explica o acessor.

A proposta não está longe da realidade. Em fevereiro deste ano o Imazon lançou um projeto de uso de celular para monitorar o desmatamento. "As pessoas poderão receber SMS com informações sobre o desmatamento em sua região", diz Carlos Souza, pesquisador do Imazon e um dos idealizadores do Earth Engine. No início, o recurso será útil para os planos de ações de municípios que apresentam níveis críticos de desmatamento.
Com todos esses recursos, a clássica cena de ativistas abraçando árvores deverá ser mais rara. Abrir o celular, tirar uma foto ou ajudar a analisar imagens de satélite será uma estratégia muito mais fácil e eficiente para manter florestas em pé.

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